quinta-feira, setembro 28, 2006

Pariram minha filha.... - 27/12/2006

Tem uns quatro anos atrás, que me disseram que minha filha estava na televisão. Era a "nova Emilia" da re-edição do velho sítio do pica-pau amarelo. Mamãe prontamente reconheceu o DNA sideral e eu fiquei muito feliz da vida com minha filha inventiva e colorida, com faixa na cabeça, pó de pirimpimpim, morando num mundo encantado.

Eis que me acontece uma coisa surreal: fui numa casa construída em cima de muitas arvores. Este foi sonho de moradia sideral. E morando na casa, advinha? Uma menina, de cara redonda de lua, com sorriso nos olhos, vestido comprido florido e botas tipo "7 leguas" vermelhas – praticamente eu na idade dela.

Criou logo intimidade com "Hevengarda Batista", desde o começo, ciente da necessidade de um certo sigilo a este respeito diante dos terráqueos normais. Viu muitas vezes a fumaça que antecipa sua chegada, procurou seus urubus e discutiu a respeito de seu cachorro preto. Bateu palminhas com as luvas coloridas convidando secretamente: "vamos esperar Hevemgarda Batista chegar..."

Inteligente e sagaz, pescava a fantasia no meio das brincadeiras. Com perguntas surreias e respostas siderais, participava ativamente de todos os temas propostos. Com incrível intimidade, começou a chamar meu violão de Chiquinho e meu carro de Joãozinho. Morava numa casa em cima de muitas arvores (minha proposta de moradia sideral) e tem uma espécie de "vovo benta" natureba, que cria patinhos e frutas no pomar.

De repente, enxerguei a mais pura realidade: minha Emilia estava ali, parida, em plena crosta terrestre! Como já dizia Zé Ramalho, "cobiçam ate a planície dos sonhos"... agora só me falta mesmo parir a Cuca!

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