quarta-feira, setembro 27, 2006

ESTE NOVO OLHAR


Amigos são pessoas com quem a gente vive as horas boas, as horas ruins e, sobretudo, as horas neutras, ociosas, e as quartas feiras... dependendo do amigo, vai até para colação de grau. Eu realmente sou uma pessoa de muita sorte, além de um certo ecletismo, neste aspecto.
Se tirassem meus amigos deste universo paralelo que eu vivo, nem a baía da Guanabara, toda a floresta da tijuca e o parque da serra dos órgãos não fariam de nenhum lugar uma cidade maravilhosa.

Neste "universo", existem vários olhares para o mundo. Tem sempre os olhos verdes de minha mãe e os olhos retesados de papai. O olhar "para dentro" de Sílvia. O olhar apaixonado de tia Edna. O olhar para diante de tio Hercílio.

Coexistem os olhos objetivos e contundentes de Anak e o olhar otimista de Ana Cristina, que sempre vê pontos de força. Existe o olhar na sua própria órbita de Marcinha, que sempre encontra uma maluquice nova para falar enquanto Baiana pisa no chão. O olhar complacente de Sblen e o guiderlandês de Doli. O olhar prático de Patrícia. A credibilidade convicta dos olhos de Bárbara. O olhar singelo de Rodolfo. O olhar completo de Edilma.

Existe o conforto do olhar de Xandezinho, cheio de neologismos. E o olhar enviesado de Elisa, que enxerga, pelas esquinas dos fatos. O olhar de Zezé: indefinível.

Existem momentos em que nossa alma eneblina e não consegue olhar claramente os próprios desejos. E nestes momentos, escolher é sempre um parto à fórceps, talvez até de gêmeos siameses.

Então, cada luz de um novo olhar vai descortinando as nuvens, clareando as nossas lentes num novo olhar: um novo grau, um outro ângulo de visão. Neste mundo multifacetado, estou olhando pelas esquinas, esperando a claridade chegar.

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