quinta-feira, setembro 28, 2006

MEU PÃO, MINHA FORTALEZA - 22/02/2006

O otimismo de uma pessoa é responsável por coisas boas e ruins – e pela insistência!

Bom, estava eu, sem comida e com preguiça, chegando em casa as 5 horas da tarde, para sair as 6 horas, para aula, que terminaria às 10h.

Tinha em casa farinha de trigo integral e fermendo de pão, comprado por ocasião da proposta de fazermos pão no "cafezão" da casa de Sblen e Marcinha – para quem não conhece, são as pessoas que tomam conta dos urubus de Hermezita quando nós viajamos.

Como cara de pau não foi feito para dar cupim, resolvi estrear fazendo a receita de pão da minha prima (reconhecidamente maravilhoso), que eu já sabia a teoria de cor, com algumas adaptações, é claro... Imagine eu sem minhas adaptações!?

Peguei a farinha de trigo integral, suprimi a farinha branca – receita completamente saudável... Sal... fermento bem diluidinho na água morna – episodio de paciência "culináriaca" inédita...
Mas: cadê o azeite? O único disponível era o azeite dos restos mortais do tomate seco, que eu tinha posto para curtir. Nossa, só de pensar eu já salivava... Azeite, curtido com manjericão, orégano, com gostinho de tomate... Tinha muito pouco: mas era mais que um pouco do que eu precisava. Precisava apenas meia xícara...

Seguindo minha vasta experiência cozinhando, e especialmente fazendo pão, fui fazendo a massa, empolgadíssima. Mas ela não pegava cara de pão. Fui colocando farinha até ela soltar da mão. E nada. Quem sabe o tempo...

Fui para a aula e deixei a minha estréia curtindo... cheirosa como quê. Mas eu já suspeitava que algo estava errado.

Cheguei em casa, tudo cheirando à massa. Fiz uns pequenos pãesinhos. Coloquei no forno quente... nossa... chazinho gelado de maçã com canela para combinar com meu "paladar pervertido". Cheiroso estava, gostoso também. Mas não era exatamente um pão: mas uma fortaleza. Quase dava para chupar o pão.

Como sou "indesistível", segundo meu amigo vilão, não desisti.

Mesmo porque o otimismo e a vasta experiência panificadora me fizeram fazer um quilo de massa de pão. E a pirangagem não permite deixar um quilo de massa assim... Dilui um pouco mais de fermento, e crente que era um jardim, reguei minha massa. Dei uma amassada a mais, ela ficou linda e cheirosa. Deixei curtindo até o dia seguinte.

Assei mais 3 de manhã, para tomar café... O pão estava menos sólido. Mas longe de ser macio. Posteriormente, fui informada que há dois problemas: aziete deixa o pão duro e pão sem farinha branca nunca fica tão leve, e ai você tem que dar muitas "pisas" na massa...

Como eu sou uma pessoa pacífica e ocupada: fica para a próxima...
Gosto de pensar que, pelo menos se Hermezita cansar da garrafa, já sei até construir uma fortaleza para ela morar...

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