sábado, janeiro 30, 2010

SIDERALMENTE POR PERTO

A vida é um eterno cultivar se sentimentos, muito embora nem sempre a gente se aperceba disso. Mas percebendo ou não, estes sentimentos brotam e iluminam com suas cores, claras ou escuras, nossa áurea, nosso peri-espírito, nossa essência, enfim, nosso brilho.

Há 6 anos atrás, eu escutei que eu tinha uma imagem muito desatualizada de mim mesma. E desde então, entrei num processo de atualização dela. Porque, a bem da verdade, minha auto-estima freqüentou, durante muito tempo, o submundo das trevas.

Eu disfarçava bem, mas “no raso, no raso”, por muito pouquíssimo, eu botava minha viola no saco e partia antes de flagrarem minha auto-estima subterrânea.

Com a participação especial de muitas pessoas siderais, minha auto-estima foi subindo, por degraus sólidos e pontes firmes para encontrar a luz. Não a luz no fim do túnel, mas a luz do sol. E nos conceitos siderais, o “perto” nem sempre dá pra ir a pé... às vezes, tem que voar.

E aqui, na crosta terrestre, por estes dias, tive umas manifestações de prestigio realmente emocionantes.

Simone é minha parceira pra várias coisas, mas principalmente, pra nada. Porque ser parceiro pra nada é muito mais impactante do que ser parceiro pra tudo. Mone sai de casa para fazer curativo no meu cotovelo, me busca no aeroporto, vai pra programa de índio achando graça, vai às compras (abençoadas por são Piranga) comigo pra evitar que eu desista e fuja. Tudo isso ela diz que é divertido. Mas ela só vai pro samba por causa do meu prestígio.

Babita é supermaezona, com a parcialidade inquestionável, ela super-protege até a gente. Ela me deu o “amadrinhamento” de Heitor, só que é virtual e socializado. E o batizado vai ser indefinidamente adiado para evitar conflitos entre as madrinhas e padrinhos selecionados. Mas graças a meu prestígio, ela vai sair do Rio pra passar só dois dias em Recife, sem Heitor e sem o seu marido (o “bonitão”). Vem só pra me ver... Deixar Heitor dois dias, é realmente muito prestigio...

Fiquei emocionada...

Depois foi Laís. Às vezes eu acho que Laís não existe. Ela se diverte até arrumando indumentária de veado desengonçado em festa gay. E assim ela faz amigos em toda a extensão sólida e aquática do planeta – incluindo as tartarugas. Agora ela foi fazer supervisão interplanetária de ET, e não bastasse isso, ainda me ligou ontem tarde da noite, porque estava muito cansada pra escrever, mas queria passar o relatório detalhadamente.

Mas agora foi Renata. Minha amiga mais fresca detesta acordar cedo, usa suporte de renda pra tomar cafezinho todo dia e acha que mulher devia nascer de rimel. Pois bem, depois de um dia super cansativo de trabalho, foi me buscar pra eu ficar na casa dela, e ainda foi no mercado "comprar coisas de café da manhã". Isso, por si só, já me deixou lisonjeada.

Mas além disso, ela fez questão de me dar carona até o metrô, que é muito perto. E naquela manhã nublada, ela saiu de pijama, chinelo e óculos (detalhe que alem de rimel, ela nasceu de lente de contato!). E eu em pé, olhando ela entrar no carro daquele jeito, eu me lembrei de todos os meus amigos e pedi a Deus para merecer os amigos que tenho.

Feliz demais por vocês existirem, ainda que o meu perto abarque distâncias siderais

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